segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Um dia doce



Senti um toque no ombro, olhei para aquela direção e o mundo parou por alguns instantes. Por um momento não pude diferenciar sonho de realidade, toda a minha existência, coube ali, em alguns metros de distância.

Dez anos de saudade, se tornaram alguns segundos de afastamento, o mesmo cheiro, o mesmo jeito e o mesmo olhar que sempre me encantou, que sempre me estimulou a querer mais, a me lançar no desconhecido e mergulhar na essência da vida. Não posso dizer que ele sempre foi ou que é a razão do meu viver, ele sempre foi e sempre será uma inspiração para viver, mesmo longe, aprendi a viver com esta condição, não que me contente com pouco, mas nesse caso o pouco é muito.

Pude dizer tudo aquilo que o orgulho da adolescência não me permitia, só não sei se foi tarde demais. Poder ver, mas não poder ter, é bem verdade que tudo tem seu preço. Um dia doce, são momentos assim que fazem da vida uma roda gigante, que sempre inicia do seu ponto final, ou do ponto e vírgula.


imagem google