Expectativa dúbia, entre acelerar ou parar os ponteiros do relógio. Cada vez que toca o telefone, o medo vem como nevoeiro. Pensamentos rodopiam, dias de tempestade.
mas com vontade de viver a intensidade de cada desejo,
no esforço de canalizar a vida á tudo que fuja da paralisia, do estanque e diminuto, buscando somar para ser.
Riem e fazem do absurdo arte e poesia, frutos do talento e simplicidade, virtude inerente e construtora, vislumbram possibilidades de quebrar paradigmas, desconstroem o conformismo, amenizando a dor da existência.
Riem curiosos e criativos, transformando miragem em realidade, fazendo com que o viver, passe a ter sentido.
Riem com generosidade, cumplicidade e amizade, coisa rara em tempos de dissolução, nesses olhos meu caos, encontra a paz.
Seu silêncio esquece que meu coração é surdo, mudo. O que sinto por você é meu, nem você pode tirar isso de mim, sua distância, seu descaso, nada poderá tirar o que senti por você, nada.
E o povo com o corpo fechado, passa fome e continua de pé Etâ povo teimoso, que continua a acreditar na fé Com a barriga roncando de fome, pega um terço e se põe a rezar Quem sabe lá do céu, cai uma migalha de pão é o que está a pensar Povo que no meio do lodo cresce e não se deixa macular A pureza dessa gente está mesmo em acreditar.